Uso de tecnologia põe mais arroz e feijão na mesa dos brasileiros
A mistura formada por arroz e feijão é a mais frequente na mesa dos brasileiros. O agronegócio nacional — o grande fornecedor — vai aumentar a oferta para os lares brasileiros pelo terceiro ano consecutivo.
Somando os dois grãos, serão mais de 15 milhões de toneladas, sendo quase 12 milhões de toneladas de arroz e 3,4 milhões de toneladas de feijão. O ganho é de 11% sobre o ano anterior e de quase 40% sobre 1977, o primeiro ano da série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Contudo, o grande motivo do salto foi o uso de tecnologia, uma vez que área plantada é inferior à metade do que era há 48 anos.
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A produtividade dessas duas culturas deu um salto nas últimas décadas, conforme mostram os números da Conab. De 1977 para 2025, a produção por hectare cresceu cinco vezes no caso do arroz, e a de feijão mais do que dobrou. Todo esse avanço está ligado à aplicação de mais tecnologia na agricultura, o que inclui o uso de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da utilização de máquinas e do monitoramento das lavouras, com o emprego de softwares, satélites, tratores, computadores de bordo, sensores e todo tipo de inovação.
Arroz, feijão e muita tecnologia
Em meados da década de 1970, existiam pouco mais de 250 mil tratores em operação nas lavouras do Brasil. Em 2017, o Censo Agropecuário registrou 1,2 milhão de tratores em operação no país.
Os defensivos agrícolas permitiram o controle das pragas. A falta do uso desses produtos em algumas regiões do planeta causa a perda de 40% da safra mundial.
Os fertilizantes, por sua vez, permitiram a correção do solo, levando à otimização das áreas de plantio e ao cultivo em locais que antes eram considerados impróprios para a agricultura. Um grande exemplo são as áreas de cerrado do Centro-Oeste. Essa região do Brasil passou de baixa produtividade para o principal centro de produção agrícola do país. Em 2025, essa parte do Brasil deve responder por 5% da safra nacional de arroz e 20% da produção de feijão.
Em 2025, os agricultores brasileiros devem destinar 1,7 milhão de hectares para o plantio de arroz e 2,9 milhões de hectares para o de feijão — ou seja: 4,6 milhões de hectares para produção de 15 milhões de toneladas de alimentos. Em 1997, foram 10,5 milhões de hectares para uma colheita menor: 11,2 milhões de toneladas.
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