Celso Amorim espera que Maduro ‘demonstre que a democracia está consolidada’ na Venezuela
Celso Amorim, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, disse que as eleições na Venezuela representam uma oportunidade para o ditador Nicolás Maduro demonstrar que a “democracia” naquele país está bem estabelecida. Ele deu a declaração durante entrevista ao jornal O Globo, nesta terça-feira, 23. O pleito deve ocorrer no próximo domingo, 28.
“O Brasil dá grande importância à eleição na Venezuela”, disse Celso Amorim. “Será uma ocasião de demonstrar que a democracia está consolidada e que não há razão para sanções. Por isso, confiamos que o governo venezuelano tomará todas as providências para garantir que as coisas corram dessa maneira.”
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
O assessor enfatizou que, caso o processo ocorra sem problemas, não haverá justificativa para sanções contra o governo venezuelano, como as impostas pelos Estados Unidos. Amorim será o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante as eleições na Venezuela, acompanhado por dois observadores do Tribunal Superior Eleitoral.
“Por isso, confiamos que o governo venezuelano tomará todas as providências para garantir que as coisas corram dessa maneira”, afirmou Amorim.
Recentemente, o assessor discutiu o assunto em uma reunião com Jake Sullivan, conselheiro de Segurança dos EUA, durante uma visita a Washington, capital norte-americana. Como ex-chanceler de Lula, Amorim tem mantido diálogos com representantes de Maduro e da oposição para assegurar um pleito pacífico.
Maduro perde para oposição, segundo pesquisas
Entretanto, com Maduro atrás do principal candidato oposicionista, Edmundo González, nas pesquisas, o ditador venezuelano sugeriu que não aceitará uma derrota. Ele chegou a afirmar que, se perder, haverá “um banho de sangue, ou uma guerra civil” na Venezuela.
Em entrevista ao Globo na semana passada, a líder da oposição, María Corina Machado, defendeu uma transição pacífica do governo Maduro para seu sucessor. Ela foi impedida de concorrer nas eleições pela Justiça venezuelana, que é fortemente influenciada por Maduro. As medidas tem gerado preocupação no governo brasileiro.
Leia também: Entrevista de Corina Yoris, opositora de Nicolás Maduro, publicada na Edição 211 da Revista Oeste
O Brasil apoia o cumprimento do Acordo de Barbados, assinado em outubro do ano passado por representantes de Maduro e da oposição, com mediação da Noruega e participação de países como Brasil, Colômbia e EUA. O acordo prevê eleições livres, transparentes e justas, e que todas as partes envolvidas aceitem o resultado.
Leia também:
Gostou do nosso conteúdo? Considere nos apoiar!
❇️ Doação única
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas
🥉 Apoiador Bronze (R$ 5,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-bronze
🥈 Apoiador Prata (R$ 15,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-prata
🥇 Apoiador Ouro (R$ 30,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-ouro
Descubra mais sobre Conexão Libertas
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.