Filipe Martins: ‘Sou um preso político’

Filipe Martins: ‘Sou um preso político’

Ex-assessor de Bolsonaro se manifestou sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de recusar um pedido de soltura

Filipe Martins, assessor para Assuntos Internacionais da Presidência no governo Bolsonaro, declarou-se um “preso político”.

Desde 8 de fevereiro, Martins encontra-se detido, supostamente por fazer parte de uma suposta tentativa de golpe de Estado.

De acordo com a delação do tenente-coronel Mauro Cid, Martins partiu para os Estados Unidos junto a uma comitiva presidencial em 30 de dezembro. Entretanto, passagens aéreas confirmaram que o ex-assessor de Bolsonaro estava em Curitiba na mesma data.

“Depois de 100 dias, isso não me surpreende”, disse Martins, sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que negou um pedido de soltura de sua defesa. “A continuidade da minha detenção apenas reforça uma percepção que tanto eu quanto minha defesa já tínhamos desde o começo: as motivações para minha prisão são políticas, não jurídicas.”

Segundo Martins, se as fases do processo tivessem sido cumpridas, ele não estaria atrás das grades.

PGR a favor da liberdade de Filipe Martins

No primeiro dia de março, a Procuradoria-Geral da República expressou seu apoio à libertação de Martins, contudo, Moraes não considerou sua opinião.

Os advogados, na última petição para liberdade apresentada em 23 de abril, inseriram uma nova prova para mostrar que Martins não deixou o Brasil na data indicada por Cid.

Os argumentos a favor do ex-assessor

A alegação de que Martins não tem registros de entrada em Orlando na data especificada é uma afirmação do Departamento de Segurança Interna dos EUA. Foi confirmado que ele esteve no país em setembro de 2022, especificamente em Nova York.

Além do mencionado documento, os argumentos antes apresentados pela defesa são reforçados para sustentar a afirmação de que Martins não estava no voo com Bolsonaro. Um desses documentos, a lista de passageiros do voo, foi adquirida por meio da Lei de Acesso à Informação no Gabinete de Segurança Institucional em 2023 e não contém o nome de Martins.

“Prova obtida pela Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) junto à Presidência da República confirmou que o requerente não estava no avião presidencial que partiu em 30/12/2022 para Orlando/EUA, conforme consta na lista de passageiros do avião fornecida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), através do Pedido 60141000024202381, feito em 03/01/2023 e respondido em 24/01/2023”, consta na petição. As informações são da Revista Oeste.

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