Justiça proíbe polícia de apreender menores de idade no RJ

Justiça proíbe polícia de apreender menores de idade no RJ

Existe exceção nos casos em que os menores estejam cometendo algum ato infracional em flagrante.

A magistrada Lyzia Maria da Rocha Mesquita, pertencente à 1ª Vara da Infância, Juventude e Idoso da Capital, interrompeu o começo da Operação Verão, agendada para começar no sábado 7 no Rio de Janeiro. Como resultado, tanto a cidade quanto o estado do Rio de Janeiro estão impossibilitados de apreender crianças e adolescentes, exceto se estiverem em flagrante delito. As informações são fornecidas pelo jornal O Globo.

“Determino que os réus se abstenham de realizar apreensão e condução de adolescentes, salvo em caso de flagrante delito de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária, conforme previsto no acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal“, determinou Lyzia.

O pedido à Justiça veio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que argumentou que a Prefeitura do Rio, responsável pela operação, descumpriu um acordo com a promotoria para discutir coletivamente a abordagem de crianças e adolescentes durante a ação nas praias da Zona Sul, antes e depois do verão. De acordo com a prefeitura, até ontem, não houve qualquer notificação judicial.

De acordo com o MP-RJ, a prefeitura implementou uma “operação de segurança e abordagem social de crianças e adolescentes, sem observar as formas de seu monitoramento”. O órgão alega que, uma vez que o município não esteve presente na reunião para discutir o assunto, não foi possível definir detalhes do Plano Praia, a nova denominação da ação na orla.

A magistrada também ordenou a apresentação dos boletins de operação da Polícia Militar ao MP-RJ, assim como os relatórios mensais das atividades desempenhadas, tais como a frequência com que a polícia foi chamada para lidar com crianças e adolescentes. Adicionalmente, ela solicitou que as corporações forneçam os resultados dessas abordagens.

A juíza também estabeleceu uma penalidade de R$ 5 mil para o Estado e a cidade caso não entreguem o boletim. A mesma quantia será usada como punição se os agentes não participarem de treinamentos, conforme acordado anteriormente. Além do Judiciário, o MP-RJ, a cidade e o Estado, os Conselhos Tutelares e a Defensoria Pública também fazem parte do acordo. A magistrada agendou uma sessão de conciliação para o dia 10 de outubro.

Em nota, a prefeitura disse que iria recorrer da decisão. “No início da tarde deste sábado (7/09/24), a Procuradoria Geral do Município entrou com petição junto ao Juízo da Infância e Adolescência, pedindo a reconsideração da decisão, uma vez que, além de a Prefeitura do Rio ter cumprido todas as exigências, colocou-se à disposição das instituições envolvidas para realização do alinhamento estabelecido em acordo judicial”, informou. “Ainda na segunda-feira, também irá recorrer da decisão.” As informações são da Revista Oeste.

source

Gostou do nosso conteúdo? Considere nos apoiar!

❇️ Doação única
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas

🥉 Apoiador Bronze (R$ 5,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-bronze

🥈 Apoiador Prata (R$ 15,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-prata

🥇 Apoiador Ouro (R$ 30,00 mensais)
➡️ https://livepix.gg/conexaolibertas/apoiador-ouro


Descubra mais sobre Conexão Libertas

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário