Moraes ordena investigação da PF sobre a reativação de contas suspensas no Twitter

Moraes ordena investigação da PF sobre a reativação de contas suspensas no Twitter

Investigação contra Elon Musk por obstrução à Justiça impulsiona nova medida

Nesta segunda-feira, 9, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) examinasse as respostas dadas pelo Twitter/X em relação à reativação de contas suspensas por ordem judicial.

Essa ação está inclusa na investigação que analisa Elon Musk, dono do Twitter/X, por suposta “obstrução à Justiça” e “organização criminosa”.

Moraes tomou uma decisão em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), direcionando o caso para a PF. A tarefa da corporação é examinar as explicações fornecidas pelo Twitter/X e avaliar “sua verossimilhança”. Em outras palavras, a intenção é determinar se as respostas são críveis. O propósito é confirmar a plausibilidade das respostas fornecidas.

Moraes também ordenou que, após a avaliação da PF, os documentos fossem devolvidos à PGR, que teria 15 dias para expressar sua opinião. Não foi fixada uma data específica para a conclusão da análise da corporação.

Inquérito contra dono do Twitter/X 

Moraes instaurou o inquérito em abril, antes da escalada de tensões entre ele e Elon Musk, que resultaram no bloqueio do Twitter/X no Brasil, na madrugada do dia 31 de agosto.

Durante aquele período, Musk expressou críticas às condutas de Moraes, rotulando-as como “draconianas” e “totalitárias”, e o acusou de promover uma “censura agressiva” ao demandar informações pessoais dos usuários e a moderação de conteúdos. O empresário foi igualmente adicionado à investigação que analisa as milícias digitais.

Acusações contra Musk 

Segundo a decisão, o empresário “iniciou uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, uma ação que foi repetida no dia 7 de abril, incitando a desobediência e a obstrução à Justiça.

Durante o mesmo mês, o Twitter/X forneceu explicações em resposta aos questionamentos feitos pela plataforma, esclarecendo se houve “desbloqueio de contas” ou “restauração de conteúdos” em perfis que foram suspensos devido a decisões judiciais.

A Corte Suprema também pediu detalhes sobre a possível reativação da função de live para contas bloqueadas. A plataforma de mídia social negou ter desbloqueado contas suspensas, com exceção daquelas com ordem judicial, e declarou que não ativou a transmissão ao vivo para essas contas.As informações são da Revista Oeste. 

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