Vídeo: Ceará Lança Ambulância Exclusiva para LGBTs com Nome de Dandara Ketley

Governo do Ceará lança primeira ambulância dedicada ao atendimento da comunidade LGBTQIA+

O governo do Ceará, por meio da Secretaria da Diversidade (Sediv), lançou a primeira ambulância destinada exclusivamente ao atendimento da comunidade LGBTQIA+. A unidade móvel foi batizada de Dandara Ketley, em homenagem à travesti brutalmente assassinada em 2017, em Fortaleza.

Segundo a Sediv, o objetivo é levar serviços essenciais, como apoio socioassistencial, retificação de nome e prevenção ao HIV/Aids, para áreas prioritárias no estado.

Detalhes da Iniciativa

A ambulância faz parte das ações do Centro Estadual de Referência LGBT Thina Rodrigues, mas com a vantagem de oferecer atendimento itinerante. De acordo com a secretária da Diversidade, Mitchelle Meira, a unidade será composta por profissionais como psicólogos, assistentes sociais e advogados, além de pessoal administrativo que orientará a população sobre os serviços da secretaria.

“Será com psicólogo, assistente social e o jurídico, além da administração que irá orientar sobre todos os serviços que a secretaria oferece”, explicou Meira em entrevista ao jornal O Povo.

A ambulância tem como objetivo fortalecer políticas públicas para a população LGBTQIA+, garantindo maior acessibilidade aos serviços oferecidos pela secretaria, além de expandir as ações para o interior do estado.

Críticas da Vereadora Zoe Martínez

A iniciativa, no entanto, gerou controvérsia e viralizou neste domingo (12), após a vereadora Zoe Martínez (PL-SP) publicar um vídeo criticando a entrega da ambulância. Conservadora e opositora de pautas progressistas, a parlamentar classificou a ação como discriminatória.

“Isso sim é discriminação. Parece até brincadeira, mas infelizmente não é”, disse Martínez.

A vereadora também comparou a iniciativa com outras necessidades da população que, segundo ela, não recebem a devida atenção do governo:
“A gente vê um governo que nega o auxílio necessário para mães de crianças com microcefalia, mas que investe em ambulância LGBT.”

Zoe ainda questionou a lógica de funcionamento da ambulância:
“E uma dúvida: como é que vai funcionar? Você vai ligar para a emergência e, ao invés de dizer os sintomas, vai falar ‘minha orientação sexual é tal’? Isso sim é discriminação.”